segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Abrigo subterraneo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

IGREJA SANTA TERESINHA - PADRES


PROJETO PATRIMÔNIO HISTÓRICO - A IGREJA SANTA TERESINHA








Dom Antônio de Almeida Lustosa, no dia 17 de dezembro de 1927, abençoou a pedra fundamental para a construção da Igreja Santa Terezinha. A inauguração se deu no dia 31 de março de 1929.
Com a chegada dos Padres Capuchinhos, no final do ano de 1946, surgiu a necessidade de construção de uma nova Matriz.
As obras da atual Igreja de Santa Terezinha iniciaram-se no dia 07 de janeiro de 1960. Sua pedra fundamental foi benzida por Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, no dia 02 de outubro do mesmo ano. A antiga Igreja pintada de cor rosa, foi demolida em dezembro de 1961. A planta foi desenhada pelo Sr. Nicolau Baldassare, sob a orientação do Vigário da Paróquia. A construção ficou a cargo do engenheiro uberabense João Laterza. “Os trabalhos de decoração e pintura foram entregues aos artistas espanhóis Carlos Fachion Sanchez e Antônio Lopes Dias. Os vitrais foram encomendados à Casa de Vitrais Conrado Sorgenicht S.A., de São Paulo. Os temas foram inspirados na vida de São Francisco de Assis, e principalmente, na vida de Santa Terezinha do Menino Jesus.
No dia 07 de março de 1965, foi celebrada a primeira missa em língua vernácula, na Igreja de Santa Terezinha” (PRATA, 1987, p.131).
A inauguração da igreja nova foi no dia de Santa Terezinha, 1º de outubro de 1962, durante missa cantada pelo coral do Instituto Marcelino Champagnat, dos irmãos Maristas, segundo depoimento do prof. Pedro dos Reis Coutinho, que fazia parte do coral.


60 anos da Paróquia Santa Teresinha II - Carlos Pedroso
Para entender o nome de Paróquia Santa Teresinha, precisamos nos reportar ao segundo bispo de Uberaba, Dom Lustosa, que era padre salesiano, ilustre professor de Português. Nomeado bispo de Uberaba, a 4 de junho de 1924, com posse a 1º de março de 1925. Sendo salesiano, aperfeiçoou o carisma de sua congregação, que é crer ser possível educar a juventude para viver o ideal cristão de fuga a todo pecado. Um aluno salesiano, falecido com apenas 15 anos, a 9 de março de 1857, Domingos Sávio, foi canonizado a 12 de junho de 1954, por ter vivido seu santo propósito: “Antes morrer que pecar”. Outra católica glória de santidade juvenil do século 19 foi Santa Teresinha, falecida em 30 de setembro de 1897 e canonizada a 23 de abril de 1925. Entusiasmado, Dom Lustosa toma posse em Uberaba a 1ª de março de 1925, um mês antes daquela célebre canonização tão festejada e comentada por todo o mundo católico. Uma santinha que viveu só 7 anos em mosteiro carmelita, passou ao mundo a ideia de que santidade é possível até para jovens. Dom Lustosa não perdeu a oportunidade de exaltar a possível santidade mesmo para gente de vida simples. Idealizou a construção do Santuário de Santa Teresinha no bairro Fabrício, na praça Santa Bárbara, hoje Santa Teresinha. A matriz de Uberaba, a Abadia, São Domingos e, naquele tempo, a catedral das Mercês eram as igrejas para as Missas dominicais. Com o Santuário, os fabricianos teriam sua própria igreja. O povo católico aprovou a ideia dessa comemoração da canonização de Santa Teresinha, ali na praça S. Bárbara, hoje S. Teresinha. Mas houve opositores ferrenhos. Ali na praça morava um político muito influente, Sr. Ranulfo Borges, que desejava que a praça tivesse o nome de seu pai, Sr. Aristides Borges. O santuário virou caso de política. O célebre pintor uberabense de fama nacional, José Maria Reis Júnior, autor de um livro sobre a pintura de Belmiro Almeida, escreveu no “Lavoura e Comércio” um artigo afirmando haver aqui igrejas demais. Melhor seria construir um leprosário. Fiscais da prefeitura, instigados pelos ricos Araras e por Sr. Ranulfo Borges, perseguiam aquelas quermesses. A 24 de maio de 1927, D. Lustosa apelou ao Dr. José Ferreira do partido dos pobres, o Pachola. Dr. Ferreira era esposo de Dona Yayá, festeira católica de quermesses. Cessadas as oposições, a bênção da pedra fundamental a 18 de dezembro de 1927, comemorado o evento, no Natal de 1927, com rosas a quem contribuísse. A inauguração do Santuário foi a 31 de março de 1929. Infelizmente, demolido em 1960.

Carlos Pedroso é professor de português, historiador e autor de livros, artigos e ensaios sobre a história de Uberaba

FONTE:


60 anos da Paróquia Santa Teresinha III - Carlos Pedroso
Missionários capuchinhos italianos itinerantes estão presentes no Brasil desde 1538. Em artigo anterior, relembramos a História por que a Paróquia de Santa Teresinha se chama assim. Existe como paróquia desde 20 de agosto de 1946 e sua primeira matriz foi o pequeno Santuário de Santa Teresinha, inaugurado por Dom Lustosa a 31 de maio de 1929. Consta, salvo melhor pesquisa histórica, que a prefeitura cedera metade da Praça Santa Teresinha para espaço do antigo Santuário. Não li tal documento municipal. Se realmente existiu essa “concessão” à Igreja, em metade da praça Santa Teresinha, foi um grande erro histórico a prefeitura ter negado a construção desta atual igreja em frente ao pequeno mas altivo santuário, que não precisava ter sido demolido. Uberaba precisa aprender a não destruir monumentos históricos. Ficariam tão históricas as duas igrejas, uma na frente da outra... Onde hoje é a praça Santa Teresinha era o Largo Santa Bárbara. Era lugar de touradas e de circos. Era também o lugar de corso de blocos carnavalescos ou de “festas carnavalescas que se realizam no mesmo jardim”, segundo o testemunho de uma carta de D. Lustosa ao Dr. José Ferreira, queixando-se de que havia perseguição religiosa contra quermesses em benefício da construção do Santuário de Santa Teresinha, sob o pretexto de desordens e barulho, quando a prefeitura tinha permitido no mesmo local barulhentos circos e festas carnavalescas. Nesse antigo Largo Santa Bárbara, para pedir chuva do céu, eram célebres as procissões religiosas até um tosco cruzeiro ali instalado. Quanto a circos, em Uberaba foi famoso o circo dos irmãos Chirolo com bonecos. O último circo ali instalado no largo foi o Circo Stefanovick, russo, com os palhaços O Bêbado e O Gusta Gusta, em 1926, e foi a primeira vez que Uberaba viu um elefante de circo. Na praça S. Teresinha, se veem sinais de chafariz tendo, até 1969, água corrente e peixinhos. Santa Bárbara é a santa protetora contra intempéries climáticas. Nesse largo, antigamente, havia a antiga tradição de procissões de madrugada em tempo das 4 anuais “temporas” litúrgicas ao início das 4 estações do ano. Eram 3 dias de jejum, quarta-feira, sexta-feira e sábado da terceira semana do Advento, depois da primeira semana da Quaresma, depois da semana que precede Pentecostes e finalmente da terceira semana de setembro. Nessas procissões em madrugadas, o padre ia à frente com o longo e pesado pluvial, rezando longas ladainhas repetidas pelo povo, pedindo boas colheitas a Deus. Com a predominância da população não mais residindo na zona rural, após o Concílio Vaticano II, 1965, a Igreja retirou da Liturgia vários costumes medievais e até o jejum das 4 têmporas do ano. Bom Domingo.

Carlos Pedroso é professor de português, historiador e autor de livros, artigos e ensaios sobre a história de Uberaba
FONTE:

FAZENDO GÊNERO

Desde a literatura clássica, há uma preocupação em caracterizar os textos em uma tipologia geral, de acordo com suas especificidades e diferenças entre si.
Aristóteles e Platão apresentam a distinção em três formas genéricas fundamentais: o lírico, o épico e o dramático, cujas características são diferenciadas pelos modos de imitação ou representação da realidade, tendo como princípios o modo de enunciação. Platão e Aristóteles propuseram também subdivisões dos gêneros, em função de suas especificações de conteúdo. São estes: o ditirambo, a epopéia, a tragédia e a comédia.
Seguindo esta evolução, o conceito tradicional de gênero textual compreende a concepção clássica dos gêneros narração, descrição e dissertação ou argumentação. Ela foi por muito tempo praticada nas escolas sob o nome de redação. Todavia, reconhecer nas unidades textuais apenas essas três formas de produção, exclui da prática escolar o exercício autêntico da linguagem, uma vez que essa tipologia redacional é vazia de realidade sociointeracional.
As teorias mais recentes sobre os gêneros textuais estão mostrando que essa classificação não dá conta das diferentes práticas sociais da fala e da escrita, uma vez que não são reconhecidas pelos usuários da língua como objetos de interação.
Segundo Todorov, os gêneros antigos não desaparecem, apenas são substituídos por novos gêneros, em virtude dos avanços tecnológicos do mundo contemporâneo. Devido à sua dinamicidade e à variabilidade, a concepção de gênero não se limita mais ao estudo da literatura clássica.
Na atualidade há uma proliferação de textos que mesclam uma variedade de gêneros, permitindo-os um caráter volúvel, sujeitos a mudanças e relações com outros gêneros, resultando, a partir disso, em novos gêneros, os chamados híbridos.
Há também os gêneros intercalados, como as cartas, os manuscritos, as citações, que apresentam uma pluralidade de estilos e características de diversos gêneros. Embora diferentes, cada gênero apresenta uma estrutura básica específica que o caracteriza de acordo com a produção, recepção, o texto e o contexto em que se encontram. São três os elementos principais em que devemos nos fundamentar para verificar o gênero a que pertence determinado enunciado.
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DEFINIÇÃO DE GÊNEROPara Bakthin gênero são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados nas diferentes esferas sociais de utilização da língua.Gênero é uma classe de eventos comunicativos, os quais são delimitados por objetivos comunicativos (tema, estilo e estrutura esquemática).
Para Marcuschi (1996: p.4), gêneros são "modos de organização da informação que representariam as potencialidades da língua, as rotinas retóricas ou formas convencionais que o falante tem à sua disposição na língua quando quer organizar o discurso." O mesmo autor (2002:p.19) concebe os gêneros textuais "como fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social" e acrescenta: "os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia". No entanto, ele adverte que "os gêneros não são instrumentos estanques e enrigecedores da ação criativa", muito pelo contrário, eles se caracterizam "como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos".
Marcuschi, ao considerar os gêneros textuais, aborda a imprescindibilidade de tratá-los como fenômenos históricos, relacionados com a vida cultural e social. O autor ressalta que os gêneros surgem, proliferam-se e modificam-se para atender as necessidades socioculturais e às inovações tecnológicas. O autor pontua que: "[Os gêneros textuais] Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais, bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita." (2002: 20)
Marcuschi faz a distinção entre gênero, forma concretamente realizada, encontrada nos diversos textos empíricos; e tipo textual, constructo teórico, que abrange categorias determinadas.Conhecer determinado gênero significa se capaz de prever regras de conduta, seleção vocabular e estrutura de composição utilizadas.São três os elementos principais que caracterizam o gênero: conteúdo temático (assunto, a mensagem transmitida); o plano composicional (estrutura formal dos textos pertencentes ao gênero); o estilo (leva em conta as questões individuais de seleção e opção: vocabulário, estruturas frasais, preferências gramaticais).Esta abordagem teórica, que conduz a uma nova prática de tratamento da linguagem na escola, vem em substituição à classificação tradicional, à trilogia clássica que compreende narração, descrição e dissertação.
CLASSIFICAÇÃO DOS GÊNEROSDevido à extrema heterogeneidade dos gêneros do discurso, Bakthin optou por dividir os gêneros em dois tipos: Gênero Primário (simples) e Gênero Secundário (complexo).
Os chamados Gêneros Primários são aqueles que provêm de situações de comunicação verbal espontânea, da vida cotidiana: linguagem oral, diálogos com a família, reuniões de amigos, etc.
Os Gêneros Secundários envolvem uma forma mais elaborada de linguagem, normalmente a escrita, para construir uma ação verbal em situações de comunicação mais complexas e relativametne mais evoluídas, abrangendo assuntos artísticos, culturais, políticos, etc. Esses gêneros modificam os Primários, que passam a ter características mais complexas e elaboradas. Bakthin traz como exemplo uma carta ou um diálogo cotidiano da realidade comunicativa, que, quando inseridos em um romance, desvinculam-se da realidade comunicativa imediata, só conservando seu significados no plano de conteúdo do romance. Ou seja, a matéria dos Gêneros Primários e Secundário é a mesma, o que os diferencia é o grau de complexidade e elaboração em que se apresentam.Seguindo a linha bakthiniana dos Gêneros Primários e Secundários, surge, através do advento da internet, um novo cenário de enunciação, virtual e mais complexo - o ciber ou hiper espaço -, os chamados Gêneros Terciários, em que leitor e escritor se encontram diante de novos processos de produção e compreensão textuais, construídos em um novo suporte eletrônico - o computador-, de novas formas de linguagem, de um novo código, de uma nova comunicação hipertextual, de um novo estilo de ler e escrever ( e de "conversar", usando o teclado). A acelerada evolução da tecnologia de comunicação vem propiciando o surgimento de novos gêneros e a renovação de outros, para se adaptarem ao meio eletrônico. Consequentemente, novas estratégias de seleção e distribuição do conteúdo são empregadas e novos recursos linguísticos são criados para agilizar a transmissão de informações no ambiente virtual. E é através da emergência de novos gêneros discursivos e textuais (terciários) que surgem os gêneros virtuais.
GÊNEROS VIRTUAISGêneros virtuais é o nome dado às novas modalidades de gêneros textuais, surgidas com a internet, dentro do hipertexto (texto que vem acompanhado de vários links possibilitando uma leitura não linear do mesmo, já que o leitor se encontra livre para modificar o caminho de sua leitura acessando quando acessa tais links), permitindo a comunicação e a interação entre duas ou mais pessoas, mediadas pelo computador. A internet veio inaugurar uma forma significativa de comunicação e de uso da linguagem. Os principais gêneros virtuais são: os e-mails, os chats ou salas de bate-papo, as listas de discussão, os weblogs (blogs), etc.Acrescenta-se, ainda, que a internet possibilitou a crialção de um novo espaço para a escrita, permitindo também a ampliação da concepção de texto, que, no espaço virtual, carrega marcas da oralidade e representa um hibridismo entre a modalidade oral e escrita. Assim, o texto passa a ser dinâmico e interativo, sendo escrito por várias mãos.Neste sentido, é função do professor fornecer ao aluno o conhecimento e a elaboração de diferentes gêneros discursivos/textuais, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho linguístico que realmente tenha sentido para si. Isso só é conseguido, à medida que a proposição textual seja bem clara e definida. É necessário que o aprendiz possa sentir que realmente está produzindo para um leitor (que não deve ser apenas o professor), eliminando a exclusividade das situações artificiais de produção textual, tão presentes no cotidiano da escola.
TRATAMENTO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM SALA DE AULATendo em vista que todos os textos se manifestam sempre num ou noutro gênero textual, um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais torna-se importante tanto para a produção quanto para a compreensão. È é sob esta perspectiva que os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem, quando mencionam que o trabalho com texto deve ser feito na base dos gêneros, sejam eles orais ou escritos.Além disso, considerando as inovações tecnológicas e textuais já mencionadas, é preciso que o professor esteja atento ao que acontece na sociedade e a sua volta, às suas experiências e às dos alunos, para partilhar e aprender com eles sobre os gêneros que estão sendo utilizados nos mais variados contextos, sobre os propósitos comunicativos que os movem e os efeitos pretendidos em cada situação particular, levando sempre em conta o destinatário, ou seja, a quem serão voltadas as atenções do emissor para alcançar os propósitos comunicativos de cada ação que se concretiza na linguagem verbal.Cabe ao professor propor atividades que promovam a ativação do conhecimento de gêneros estabelecidos socialmente e na comunidade discursiva do aluno, por meio de exercícios de análise e reconhecimento das propriedades comunicativas e formais de cada um, realçando seus efeitos comunicativos, em função dos interlocutores nas situações concretas de comunicação. Para tanto, o professor precisa ter uma base teórica atualizada para orientar a construção de sua prática pedagógica, um conhecimento de teorias que lhes dê os subsídios necessários para promover, sempre que possível, experiências autênticas de uso da linguagem. As atividades de leitura e produção devem oportunizar aos alunos um exercício de reconhecimento e análise de gêneros textuais que circulam na sociedade, muitos dos quais fazem parte do cotidiano deles.A escola tem a responsabilidade de instrumentalizar os seus alunos para usos autênticos da linguagem. Ensinar o domínio da Língua Portuguesa significa ensinar os alunos a escolherem o gênero adequado a cada situação comunicativa e a usá-lo, com propriedade e segurança, em suas experiências de vida fora da escola.
Texto produzidos por Carla
Referência:
http://fazendogenero2.blogspot.com/2005/11/blog-post_113217559911664948.html

O INTERNETÊS: A MAIS NOVA FORMA DE LINGUAGEM

Daniela Sacramento de Jesus[1]
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RESUMO: Esse artigo tem como objetivo abordar a linguagem do internetês e o que a mesma tem provocado no desempenho da escrita dos alunos, a fim de trazer soluções plausíveis sobre a postura que o educador deve ter diante dessa problemática dentro da sala de aula.
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PALAVRAS CHAVES: internetês, professores, alunos, internet, linguagem e comunicação.
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1.O QUE É O INTERNETÊS?
O internetês é uma linguagem digital originada dos chats de conversação, mensagens de celular, blogs (diários virtuais), icq (programas de comunicadores instantâneos) e sites de relacionamento. Essa nova forma de comunicação está fundamentada na simplificação informal da escrita, com o objetivo principal de tornar mais rápida a comunicação, fazendo dela uma linguagem taquigráfica, fonética e visual. As principais características que podem ser observadas no internetês são as abreviações (fds, td, blz, etc.), os símbolos visuais (emotions), símbolos gráficos, etc. Porém, essa linguagem tem “invadido”o âmbito escolar “atrapalhando” e “confundindo” a escrita dos alunos causando assim polêmica e repúdio de alguns professores e pais que se sentem confrontados, muitas vezes sem saber como lidar com esse novo mundo, o digital. É justamente por essa falta de contato com esse contexto cultural atual que ambos se sentem intimidados. Sendo assim, qual é o papel da escola e especificamente do professor: ser intolerante às novas formas de tecnologia, ou encontrar um meio de interagir com seus alunos e o corpo escolar como um todo (isso inclui também a comunidade) a fim de garantir a livre expressão, não deixando de levar em conta a importância da nossa língua padrão?
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2.IMPORTÂNCIA DO INTERNETÊS:
Para muitos autores, os blogs, chats e comunidades virtuais, entre outras formas de literatura do ciberespaço, podem desenvolver o autoconhecimento da criança e do adolescente. Porém outros escritores e linguistas, assim como o senso comum, pensam que o internetês ocasionará a extinção da nossa linguagem padrão. Pode-se analisar que o medo do novo é inerente a todos os indivíduos, pois quando não conhecemos algo, ficamos confusos em meio a duas direções: ou nos aproximamos, a fim de entender o que está acontecendo, ou nos afastamos, com medo de nos machucarmos. Esse estranhamento é extremamente natural, porém deve se desconstruir aos poucos a partir do momento em que as pessoas começarem a se apropriar do universo virtual e consequentemente entender que essa nova forma de comunicação não tornará a escrita padrão extinta.
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3.OUTRAS LINGUAGENS VIRTUAIS:
Segundo a wikipédia[2], a linguagem digital não possui uma linearidade, por isso existem outras formas de comunicação mais complexas que o internetês. É o caso do miguxês, termo popular usado para definir uma forma de grafia, a qual tem como referência a linguagem infantil, sendo difundido na internet por um número significativo de adolescentes, particularmente de uma tribo chamada “emocore” ou “emo”. Contudo, o miguxês não se confunde com o internetês por não se limitar somente à internet, muito menos servir para tornar a comunicação mais rápida . O que acontece é o inverso, pois, essa forma de escrever é ainda mais trabalhosa que a escrita padrão, pois, utiliza-se do recurso de alternar letras maiúsculas com minúsculas e substituir o s por x. O nome miguxês é um termo oriundo de miguxa, um hipocorístico para “amiga”. Já o leet é uma forma de escrever o alfabeto substituindo as letras por outros símbolos, como números . O leet entra em ação como uma subcultura ligada ao universo dos jogos de computador e internet, usado para confundir os iniciantes propositalmente, sendo que para os usuários mais antigos, essa linguagem se reflete numa auto-afirmação do grupo. Dessa forma, essas linguagens virtuais se configuram de acordo com a identidade cultural de um determinado grupo de pessoas, pois, as mesmas são utilizadas como um meio de comunicação particular entre indivíduos que possuem interesses comuns.
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4.O INTERNETÊS REALMENTE INTERFERE NO DESEMPENHO DA ESCRITA DOS ADOLESCENTES?
Em meio a toda variedade lingüística, muitos autores, professores e pais são contra a essa nova maneira de escrever, porque acreditam que a mesma está modificando a nossa gramática, o que não condiz com a prática, pois, a língua é tão dinâmica que muitas gírias já foram incorporadas ao nosso vocabulário dito formal (o termo internetês ainda não foi inserido no nosso dicionário) . Por que então isso aconteceria com o internetês, uma vez que o mesmo não deixa de ser uma linguagem que está ligada à uma nova cultura?
Apesar de ser uma linguagem que não possui regras estabelecidas já que as mesmas são construídas pelos próprios usuários (Isso é interessante porque da mesma forma que falamos de um jeito diferente, podemos utilizar o internetês de maneira também particular), o objetivo central é se comunicar de um modo que o receptor entenda o que está sendo escrito.
Diante desse contexto, a escola exerce um papel crucial em meio a essa questão, pois é papel do professor orientar quando e onde seus alunos(as) podem utilizar determinada linguagem. Nós, como futuros educadores, devemos nos familiarizar com as múltiplas linguagens, assim como a difusão das tecnologias, dos neologismos, expressões e as diferentes formas de articulação. Apesar da existência da falta de interesse de alguns educadores em relação a esse novo mundo, ser bastante presente, é necessário refletir a educação associando-a ao uso da tecnologia digital, já que a mesma faz parte do nosso contexto atual. A flexibilidade e a abertura para o intercâmbio de conhecimentos novos deve ser uma atitude contínua no cotidiano dos professores e especialistas da educação e como o uso da internet está se difundindo tanto nas escolas públicas, quanto nas particulares - pois a maioria dos estudantes tem acesso à rede, tanto em lan-houses e infocentros, quanto em suas casas e nas escolas - torna-se um dos papéis do educador preparar seus educandos para usar de maneira crítica as inúmeras formas de comunicação escrita empregando-as corretamente.
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5.COMO O PROFESSOR PODE TRABALHAR O MUNDO VIRTUAL COM SEUS ALUNOS?
“Não queremos a Internet nas escolas, mas as escolas na Internet. É uma diferença fundamental. Eu quero ir ao Louvre ou a uma biblioteca na rede, mas quero também estar presente com meus valores emocionais, culturais e sociais na rede. Estando preparado para gerar conhecimentos no plural, poderei visitar outros conhecimentos... (PRETTO, Nelson De Luca. O futuro da escola,1999)”.
De acordo com a citação acima, as escolas devem levar em conta o contexto sócio-cultural dos seus alunos, estabelecendo uma relação com o que acontece na atualidade em nossa sociedade. Sendo assim, o mundo virtual deve fazer parte do âmbito educacional, não somente como um discurso “vago” de inclusão digital, a qual não acontece na realidade, mas como parte do processo de ensino-aprendizagem, que através da utilização da rede seja como fonte de pesquisa, entretenimento ou como meio de divulgação intelectual e troca de conhecimentos, etc, virá a proporcionar mais rapidamente a interatividade entre todo o corpo escolar. Dessa forma, professor deve utilizar como conteúdos os sites mais visitados por seus alunos: orkut, chats, etc, a fim de trabalhar porque o internetês é utilizado nesses espaços e discutir as regras da língua portuguesa, assim como a história da sua evolução. Uma outra forma interessante e prazerosa é a criação de um blog feito pelos mesmos, o qual terá como objetivo a publicação das impressões sobre as aulas, além de servir como um jornal virtual sobre os acontecimentos culturais da instituição e da comunidade, além disso, esse seria o espaço dentro do ambiente escolar no qual seria possível o uso livre da linguagem padrão, o professor então não deve comparar ou diferenciar a linguagem formal do internetês, mas, deve informar aos seus alunos sobre os ambientes em que as mesmas podem ser usadas (até porque se quisermos transgredir a nossa gramática, devemos entender como a mesma funciona, cabe ao professor deixar isso explícito).
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CONCLUSÃO:
Nós educadores devemos ser flexíveis às mudanças que ocorrem na nossa sociedade, levando para sala de aula o contexto cultural e social dos nossos alunos. Dessa maneira estabeleceremos um diálogo contínuo tanto com todo o corpo escolar (alunos, funcionários,etc.) quanto com os pais sobre a importância da utilização das novas tecnologias no âmbito educacional a fim de inserir toda a comunidade no mundo digital.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Wikipédia: A enciclopédia livre. Internetês[online] Disponível na internet via WWW. URL:http://pt.wikipedia.org/wiki/Internetês. Última atualização em 25 de novembro de 2007
FERREIRA, António Miguel. Dicionário De internetês.[online] Disponível na internet via WWW. URL: http://homepage.esoterica.pt/~amcf/internetes.html. Última atualização em 18 de agosto de 1995
HANSEN, Karla. Internetês: ameaça a língua portuguesa[online] Disponível na internet via WWW. URL: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materia.asp?seq=227. Última atualização em 11 de abril de 2005
[1] Aluna graduanda em pedagogia 4° semestre, pela Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação.CC
[2] Enciclopédia multilingue on line,a qual é escrita por pessoas de todo mundo de forma colaborativa e voluntária. Sendo assim, todos artigos publicados estão sujeitos a mudanças, desde que as mesmas preservem os direitos de cópia e modificações já que o conteúdo da wikipédia está sob responsabilidade da GNU/FDL(é uma licença para documentos e textos livres publicada pela Free Software Foundation. A GNU FDL permite que textos, apresentações e conteúdo de páginas na web sejam distribuídos e reaproveitados, mantendo, porém, alguns direitos autorais e sem permitir que essa informação seja utilizada de maneira incorreta).

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON: 43 ANOS VENCENDO DESAFIOS E CONQUISTANDO VITÓRIAS









































































TRABALHO REALIZADO COM OS ALUNOS DOS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO MÉDIO EM FUNÇÃO DA COMEMORAÇÃO DOS 43 ANOS DA ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR MARCELO MACIEL DE ALMEIDA (LÍNGUA PORTUGUESA) - ETAPAS:


1ª ETAPA: PRODUÇÃO DE TEXTO - TIPOLOGIA TEXTUAL: TEXTO DESCRITIVO

2ª ETAPA: CORREÇÃO DA PRODUÇÃO TEXTUAL PELO PROF. MARCELO MACIEL DE ALMEIDA (LÍNGUA PORTUGUESA)

3ª ETAPA: REESCRITA DA PRODUÇÃO TEXTUAL NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON

4ª ETAPA: LEITURA DE DADOS REFERENTES À ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON (DADOS ENVIADOS PELA SUPERVISORA PATRÍCIA APARECIDA AOS E-MAILS DOS PROFESSORES) - pitici33@hotmail.com

5ª ETAPA: PRODUÇÃO DE TEXTO - POESIA (VERSIFICAÇÃO LIVRE)

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE ENSINO DE UBERABA

ESCOLA ESTADUAL PAULO JOSÉ DERENUSSON - CÓDIGO: 159891


 

PLANEJAMENTO ESCOLAR


 

DIRETORA: EDNA PINHEIRO

VICE-DIRETORA VESPERTINO: APARECIDA DA SILVA MORAIS

VICE-DIRETORA NOTURNO: REGINA ELIZABETH SÁ DE PAIVA

ORIENTADORA: ZENILDA ZANINI SOARES

SUPERVISORA MATUTINO: DULCEANA PEREIRA

SUPERVISORA VESPERTINO: APARECIDA DE PAULA COSTA

SUPERVISORA NOTURNO: APARECIDA FERREIRA REIS


 

OBJETIVOS;

  1. Organizar as ações da escola, observando as políticas educacionais vigentes e o cumprimento do Termo de Compromisso assinado no ato da posse.
  2. Sistematizar as ações da Escola Estadual visando à melhoria dos resultados educacionais.


 

Meta: 1. Reelaborar o Projeto Pedagógico e o Plano de Ação da Escola, observando os resultados da avaliação externa e as metas do Acordo de Resultados.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Reuniões para conhecimento dos resultados das avaliações institucionais

- análise feita por área de estudo

- estudo das matrizes referenciais (português e matemática

Professores da área de português e matemática (Ensino fundamental e médio)

31/05

31/05

2. 

Reavaliar o PIP (Plano de Intervenção Pedagógica)

- estabelecer, a partir do diagnóstico realizado nos meses de fevereiro e março/2008, ações concretas para sanar as dificuldades encontradas.

Supervisores, orientadora, auxiliares técnicos, auxiliares de serviços gerais e os professores

31/05

16/07


 


 


 

Meta: 2. Assegurar que 100% das decisões relativas às diretrizes pedagógicas, administrativas e financeiras, previstas no Projeto Pedagógico deverão ter o parecer do Colegiado Escolar.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

O Colegiado Escolar será informado de todas as ações desenvolvidas dentro da escola: setor financeiro, Pedagógico e administrativo, será informadas ao colegiado.

- conhecer as ações desenvolvidas

- analisar as sugestões apresentadas;

- junto a direção da escola decidir e deliberar as ações que serão desenvolvidas.

Representantes do colegiado

fevereiro

dezembro


 

Meta: 3. 80% das ações pedagógicas serão informadas à comunidade.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Elaborar, divulgar e distribuir folder informativos com decisões e ações do colegiado.

Montar um folder com um boletim informativo (por semestre) para a comunidade. E outro para divulgar os Projetos da escola.

Direção e vice-direção

  


 

Meta: 4. 100% dos servidores farão o PGDI com ações definidas pelo plano de intervenção.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Os professores serão avaliados conforme seu PGDI considerando uma melhora de 60% dos alunos diagnosticados com dificuldade de aprendizagem. Deverá ser contemplada no mínimo uma ação do Plano de Intervenção Pedagógica.

    


 

Meta: 5. Avaliar 100% dos servidores da escola ao final de cada período avaliatório considerando o PGDI e os resultados da aprendizagem dos alunos.

Período de Execução 

Nº. 

Ações

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

No PGDI deverá ter ações para contemplar o aluno com dificuldade de aprendizagem, citado na diagnose.

Planejar, de acordo com seu PGDI atividades que atendam a necessidade dos alunos.

   


 

Meta: 6. Monitorar em articulação com a comunidade, 70% das ações de conservação dos bens patrimoniais da escola.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Executar o projeto Educação Patrimonial.

Reuniões para estudos referentes ao tema

Professora Patrícia

  


 


 

Meta: 7. Promover integração entre as instituições escolares do bairro e a comunidade local com a escola.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Execução:

- olimpíadas internas com a participação dos alunos;

- intercambio entre os alunos da escola PJD e Fidélis Reis;

- curso de capacitação em parceria com a Uniube e a Escola Santa Terezinha para os professores;

- reunião com os pais da Escola Estadual Fidélis Reis para os alunos egressos

    


 


 


 


 

Meta: 8. Manter as informações financeiras e administrativas relativa à vida funcional dos servidores e a vida escolar dos alunos em 100%.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Divulgar, bimestralmente, os boletins demonstrativos em relação à vida escolar dos alunos;

    

2. 

Divulgar, através de boletins informativos benefícios e afastamento dos servidores.

    


 

Meta: 9. Elevar no mínimo 10%, os índices de aprendizagem dos alunos em todos os níveis.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável

Início 

Término 

1. 

Cumprir rigorosamente o PIP, reavaliando a cada bimestre as suas ações.

    


 

Meta: 10. Disponibilizar à SRE e a SEE – Unidade Central em tempo hábil e com fidedignidade, dados relativos:

- a vida funcional do servidor;

- ao censo escolar;

- aprendizagem dos alunos;

- execução financeira;

- aos recursos da caixa escolar e a sua aplicação, e prestação de contas.

- a outros dados solicitados.

Período de Execução 

Nº. 

Ações 

Tarefas 

Responsável 

Início 

Término 

1. 

Cumprir conforme solicitação da SRE e SEE os dados relativos conforme a meta 10.

    


 

E.E.EP. J.D - NOSSA ESCOLA DE FRENTE PARA O FUTURO

A Escola Estadual “Paulo José Derenusson” – PO35C3, integrante da rede Estadual de ensino, está localizada à Rua Itália nº 1010, no Bairro Boa Vista. Telefone: 3322-2010 / 3322-2398 - Uberaba no Estado de Minas Gerais. Destina-se ao Ensino Fundamental e Ensino Médio e Eja – Educação de Jovens e Adultos e PROEJA – Farmácia.

A Diretora Edna Pinheiro está no seu 3º mandato. A Escola conta com 33 (trinta e três) turmas, num total de 957 (novecentos e cinqüenta e sete) alunos; sendo 11 (onze) turmas no matutino (11 de Ensino Médio); 08 (oito) turmas no turno vespertino (5ªs, 6ªs e 7ª séries e 8ª séries); 08 (oito) turmas de Ensino Médio no noturno. No município de Delta, na Escola Municipal no Bairro rural de Ponte Alta funciona um 2º endereço com 06(seis) turmas também de Ensino Médio com 3 ( três) turmas no matutino e 3 (três) num total de 119 (cento e dezenove) alunos.

A Escola Estadual Paulo José Derenusson oferece os cursos: Fundamental com 04 anos de escolaridade a partir da 5ª série e Médio com 03 anos de escolaridade nos turnos matutino e noturno, Curso EJA – Educação de Jovens e Adultos e PROEJA – FARMÁCIA, com duração de 3 anos e todos no sistema de seriação.
O Bairro Boa Vista, onde se localiza a escola, é um bairro residencial, muito populoso. Em volta existem os conjuntos habitacionais “Água Santa, Morada do Sol e Boa Vista”, que na maioria continuam no seu projeto original, sem ampliações no terreno.
As famílias têm moradia ou condições de alugar, não existindo favelas, pois os conjuntos habitacionais são acessíveis às condições salariais.
No turno vespertino há uma concentração de alunos mais carentes talvez por causa da idade: 10 anos em diante, que ainda não trabalham e, com isso, a família apresenta dificuldades em comprar uniforme e material escolar.
No último ano do Ensino Fundamental os alunos optam por estudar à noite já ingressando no mercado de trabalho.
Os alunos do Ensino Médio já são trabalhadores, em comércio: vendedores e caixas, servente de pedreiros, técnicos em indústrias. A escola recebe um número considerável de alunas adolescentes que são mães. A remuneração é de salário mínimo e vê os estudos como possibilidade de obter melhoria financeira. Pelas características do bairro, os campos de trabalho dos alunos são: açougues, pequenos comércios de roupas e utilidades, padarias, bares e farmácias.
A Escola faz parte do Projeto ESCOLAS-REFERÊNCIA e temos buscado ser referência em educação. Nessa busca estamos desenvolvendo o PROJETO PEAS, que já está no seu terceiro ano de atividades com a participação de aproximadamente 60 alunos. Iniciamos o PROJETO DO GDP _ EDUCAÇÃO PATRIMONIA, com a formação dos professores e que, posteriormente, repassarão aos alunos.
Tivemos o privilégio de ter um laboratório de informática que vem ministrando cursos de formação aos alunos desde 2007. Os cursos oferecidos são WEBSITE, GIMP, EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E MULTIMÍDIA.
Nosso laboratório de montagem e manutenção de computadores é um dos laboratórios bem equipados da circunscrição de Uberaba. No mês de março iniciamos a formação dos alunos em manutenção e montagem de computadores. Todos esses cursos objetivam dar uma orientação profissional aos nossos educandos.
Em 2007 firmamos parceria com a UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro e passamos a oferecer o Curso Técnico em FARMÁCIA, que está beneficiando alunos do EJA, permitindo-lhes visualizar um novo horizonte profissional. Ainda em 2007 firmamos parceria com a UNIUBE – Universidade de Uberaba que nos beneficiou com a construção de um laboratório de Ciências Exatas, equipado com 20 micros e demais equipamentos como de física, química, etc., que irá beneficiar a todos os alunos interessados em fazer cursos superiores na Área de Exatas. Nessa parceria contaremos com cursos de formação para os professores dentro da própria Universidade, e, quanto aos alunos, estes receberão formação, inicialmente, com construção de HOME PAGES, carros de controle a laser, etc., além das olimpíadas internas da Universidade de Matemática e Português.
Todas essas inovações têm permitido à escola participar de concursos onde nossos alunos têm saído vitoriosos, como:
· 1º lugar no concurso em 2005 de Mostra de trabalhos sobre a DENGUE do município de Uberaba;
· 1º lugar estadual em 2005 do PRÊMIO GRUPO CIÊNCIA: A importância da vela de citronela no combate a DENGUE;
· 1º lugar no Concurso de produções computacionais na categoria: Editoração Eletrônica da SRE de Uberaba;
· Menção Honrosa de 3 alunos na Olimpíada Brasileira de Matemática.
Tudo isso é motivo de orgulho para essa escola, pois estamos localizados em um bairro simples, com uma clientela de baixa renda, onde tudo que lhes é oferecido é recebido com satisfação.




FILOSOFIA EDUCACIONAL - A VISÃO DE MUNDO E DE EDUCAÇÃO QUE A ESCOLA PAULO JOSÉ DERENUSSON ASSUME:

A escola se move por utopias e sonhos. Enquanto uma instituição já definida no contexto social, dela muito se espera enquanto produtora de seres humanos capazes e criativos, que possa formar cidadãos críticos para atuar numa sociedade em constante processo de transformação e inovação tecnológica; com uma formação sólida, constituída historicamente e sistematizada. Seus alunos, agentes de transformação social, que buscam uma sociedade mais justa e solidária. Para isso, essa escola deve buscar a sua autonomia pedagógica e administrativa através da participação ativa e efetiva de toda a comunidade escolar, com recursos financeiros públicos e de parcerias que realmente atendam às suas necessidades básicas, principalmente pedagógicas.

Apesar de convivermos com uma realidade não muito satisfatória, professores sobrecarregados em relação à carga horária de trabalho, alunos que não demonstram interesse pelo estudo oferecido e uma comunidade ausente, esses professores no seu conjunto, demonstram muita vontade de trabalhar e crescer, mas acusam que a escola não possui recursos instrucionais, humanos e de infra-estrutura suficientes para suprir suas necessidades pedagógicas.

O discurso diário é de que a escola se torna impotente diante da crise social e econômica que a sociedade tem passado de modo geral, e inserida nessa realidade conflituosa e desprovida de valores éticos, estéticos e de convivência social. Procuramos, nesse momento, por meio desse PDPI, acertar o passo rumo à superação à estagnação em que se apresenta a escola.

Tudo isso, tendo em vista uma maior participação de toda a comunidade escolar, uma formação em serviço para provocar mudanças positivas na organização e funcionamento da gestão interna, no sistema de avaliação, aprovação, Regimento Interno, Plano de Ensino, Currículo, Plano de Desenvolvimento Pedagógico e Institucional, Proposta Político-Pedagógica, legislação estadual e Avaliação de Desempenho, Sistêmica e Institucional.

Os alunos, desde que fazem sua matrícula nessa escola, são informados sobre quais são as Normas Regulamentares e Instruções Gerais de funcionamento interno. Essas Normas, tiradas do Regimento Interno, versa sobre horários, uniforme, controle de entrada e saída, sinais para início e término das aulas, os cuidados ao patrimônio, a questão do namoro, os direitos e deveres e das medidas de ressocialização dos alunos.

É no Conselho de Classe e na Assembléia do Colegiado que essas relações são discutidas, de maneira a não perder de vista o bem-estar de todos os alunos, bem como a qualidade de ensino e educação oferecida, valorizando a ética como princípio das relações interpessoais.

Sendo assim, a gestão procura ser democrática e participativa, transparente, humanística, Coordenada e justa, já que têm o Colegiado como órgão consultivo e deliberativo nos processos de decisão. Esse Colegiado é formado por representantes de todos os segmentos da escola (pais, alunos e profissionais da educação), eleito por voto direto a cada dois anos, e que a partir de agora, também será objeto do PDPI para constante atualização e capacitação em parceria com o PDPI.

Sendo assim, a relação Escola-Comunidade procura ser efetiva, participativa, integrada, democrática, dialogada e Consciente.

A grande tarefa da escola, é organizar o tempo escolar, que parece curto para tudo que se pretende abordar em um ano letivo, e, ainda estamos caminhando na ação de elaborar um planejamento que englobe um ciclo como um todo, redirecionando os objetivos da escola como um todo.

Atualmente, na escola Paulo José Derenusson, os alunos são divididos por séries escolares anuais. A escola oferece desde a 5º série do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio. As aulas, disciplinares, são de 50 minutos e procura-se aproveitar esse tempo, organizando o horário de modo a contemplar um melhor aproveitamento dos alunos, e favorecendo o professor.

Espera-se garantir, assim, aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas, como percebem os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Médio

Nos casos de dificuldades de aprendizagem, os professores trabalham com a recuperação paralela, sanando essas dificuldades à medida em que elas aparecem e, agora, com o Núcleo de Atendimento Diferenciado, alunos com maior dificuldade de aprendizagem.

Num sentido mais restrito, o Currículo da escola segue um modelo disciplinar. As disciplinas são colocadas na Grade Curricular atendendo a Base Nacional Comum, as Diretrizes Curriculares Nacionais e aos Parâmetros Curriculares Nacionais; e a Parte Diversificada de acordo com interesses práticos e necessidades locais e sociais. Foi o que aconteceu com a disciplina Afetividade-sexual.

Ainda assim, percebe-se que se necessita trabalhar mais a cultura dos alunos, valorizando os seus saberes; diversificar os métodos de ensino; integrar mais o trabalho dos professores (interdisciplinaridade e, quem sabe, a transversalidade). Além disso, integrar mais os turnos da escola, bem como as salas anexas em Delta e Ponte Alta, pois esse é um aspecto considerado falho em algumas áreas. É preciso que os professores tenham uma maior disponibilidade em realizar encontros da área específica dos conhecimentos, nos GDPs.
Pretende-se que o currículo facilite o acesso à informações, e com isso, que o aluno adquira conhecimentos e habilidades que lhe permita participar crítica e ativamente da transformações da sociedade. Enfim, dar-lhes cidadania. Acima de tudo, pretende-se que esse currículo atenda à resolução de problemas do cotidiano, mas que cumpra um núcleo mínimo comum.

O Plano de Desenvolvimento Pedagógico e Institucional pretende sair dos limites da concepção de currículo enquanto seleção e organização de conteúdos, para vislumbrar outro formato condizente com as reais finalidades da educação, sintetizando metas, objetivos, conteúdos, atividades, avaliação, dentre outros, mas, sobretudo, que se transforme em estrutura narrativa, dinâmica, um verdadeiro guia entre o que se deseja e o que de fato vai acontecer.

Resumindo, o tempo escolar deverá ser mais flexível, ampliando, organizado, articulado, coerente e otimizado, num planejamento contínuo, participativo, dinâmico, integrado, flexível, com recursos didáticos de qualidade, atualizado, acessível, contextualizado, objetivo, diversificado e multidisciplinar, para que o currículo seja verdadeiramente realista, flexível, integrado, criativo, atualizado, dinâmico, multicultural, abrangendo também a programação cultural, cada vez mais integrada, prazerosa e articulada com os objetivos comuns explicitados do PDPI.

Dos currículos, devem desdobrar-se os conteúdos, não como fins em si mesmos, mas meios de atingir os objetivos, competências e habilidades a serem desenvolvidas nos alunos e que serão listados a seguir.

A interdisciplinaridade e transversalidade deve perpassar o currículo em forma de projetos a serem desenvolvidos durante o ano letivo, para ressaltar que todo o conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, gerando daí novos conhecimentos, fazendo com que o ensino vá além da constatação e da descrição, intervindo positivamente no cotidiano e na vida da comunidade.

Embora o currículo tenha uma grade curricular formada pelas disciplinas, recortes de diferentes áreas de conhecimento, elas em si não devem esgotar a realidade dos fatos físicos e sociais, mas interagir de modo que os alunos compreendam de maneira mais ampla possível a sua realidade.

A avaliação deixa de ser apenas da aprendizagem, mas, esta, refletida do desempenho diário dos profissionais de educação.

Os critérios de avaliação devem explicitar as expectativas de aprendizagem, considerando os objetivos e conteúdos propostos para cada área e para cada série, a organização lógica e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e as possibilidades de aprendizagens decorrentes de cada etapa do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Os alunos e profissionais devem ter acesso aos critérios de avaliação aos quais estão sendo submetidos, de modo a proporcionar de maneira equilibrada a reflexão constante da prática educativa.

Serão atribuídas notas enquanto um parâmetro de aprendizagem e não com um objetivo de classificar e selecionar alunos, turmas e escola. Para a distribuição dessas notas, serão observados os trabalhos e projetos desenvolvidos, e não apenas provas e trabalhos de sala de aula.

A Progressão dos alunos será parcial série a série, desde que seu aproveitamento nos conteúdos seja considerado satisfatório, e que ele leve até duas disciplinas para o período seguinte. Os professores, no Conselho de Classe, órgão este deliberativo de ações a serem desenvolvidas de modo a garantir a efetiva aprendizagem dos alunos e a reflexão da prática dos profissionais da educação, é que vão, a partir da legislação, proceder a avaliação integral do educando. Para isso, o Conselho de Classe, reunir-se-á, no mínimo, uma vez por bimestre.

O aluno só será retido numa série, caso seja reprovado em 3 ou mais conteúdos e desde que realizadas todas as atividades previstas na Resolução 521/04 da SEE/MG, tendo em vista um melhor aproveitamento dos alunos em cada série. Mesmo porque a não-aprendizagem é fator de exclusão, e deve-se respeitar o tempo que cada indivíduo tem na sua singularidade de ser e entender a realidade que o cerca.

A recuperação da aprendizagem de alunos com dificuldade acontece, simultanea e paralelamente ao período letivo, não sendo reservado um período específico de reforço de aprendizagem, entre os 200 dias letivos previstos no ano, mas dias relativos ao ano escolar, que vão além dos dias letivos visando a novas oportunidades de aprendizagem. Estudos orientados, logo após o período letivo, antes das férias escolares, estudos autônomos durante o per[iodo de férias com nova avaliação no período compreendido entre o final das férias e o início do ano letivo seguinte, logo no primeiro semestre do próximo ano e no segundo semestre.

O reforço da aprendizagem de sala de aula, será realizado em forma de projetos, através de parcerias com instituições de ensino superiores, indo além da carga horária oferecida aos alunos e dependendo de espaço físico adequado a essa atividade.





Dados bibliográficos sobre o Patrono da “Escola Estadual Paulo José Derenusson"

PAULO JOSÉ DERENUSSON nasceu em Petrópolis, estado do Rio de janeiro em 31 de maio de 1891, filho de Leon Philibert Derenusson e Lúcia Augusta Joana Dicchoff Derenusson.
Fez seu curso secundário no Colégio Anglo Americano do Rio de janeiro e diplomou-se perito contador pela Escola Álvares Penteado de São Paulo.
Iniciou seus trabalhos na vida profissional comercial como funcionário da firma “Emille Laport” do Rio de janeiro sendo o seu representante junto ao MInistério da Guerra, nas vendas de armas e munições de fabricação Belga.
Em 1924, deslocou-se do Rio de janeiro para a cidade mineira de juiz de fora, para ocupar o cargo de Superintendente da Firma “Dias Cardoso”. Em 1926, transferiu-se para Uberaba, provisoriamente a fim de encerrar as atividades da revendedora FORD exercida naquela época pela Companhia “Dias Cardoso”.
Mas, sua transferência provisória, tornou-se definitiva, em Uberaba. Paulo José Derenusson fez logo sólidas amizades e acabou tornando-se sócio da Companhia “Dias Cardoso”, para que não fosse encerrada a agência Ford de Uberaba.
As atividades de Paulo Derenusson & Cia iniciaram-se em 1926 e, na década de noventa, a revenda de automóveis, caminhões e tratores da linha FORD foi desativada em Uberaba pelas firmas fundadas por Paulo José Derenusson.
Foi ele, juntamente com Waldemar Vieira e Quintiliano Jardim, os fundadores da PRE- 5 Rádio Sociedade do Triângulo Mineiro.
Em vida, dedicou-se sempre às obras assistenciais e esteve sempre presente a todas as iniciativas sociais de Uberaba.
Foi presidente da associação Comercial e Industrial de Uberaba, vice-prefeito de nossa cidade, pertencendo na política dos quadros da U.D.N.
Faleceu no dia 20 de fevereiro de 1967 no Rio de Janeiro. Teve como esposa Dona Luiza Maria Aleixo Derenusson, com ela teve diversos filhos, sendo que alguns encontram-se radicados em Uberaba, inclusive continuando o trabalho por ele inciado.

HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO


NOME ATUAL DO ESTABELECIMENTO: Escola Estadual Paulo José Derenusson


FUNDAÇÃO DA ESCOLA

DECRETO DE CRIAÇÃO:
Publicação, em 03/05/1966, com a denominação Escolas Combinadas do Bairro Boa Vista. Criada no governo de Magalhães Pinto.


DECRETO DE TRANSFORMAÇÕES:
Em 14/04/67 passou a funcionar como Escolas Reunidas; em 18/07/68 pelo decreto 11.244, publicado em 19/07/68 passou a denominar-se Escolas Reunidas “Paulo José Derenusson”; em 30/09/69 pelo decreto 12.081 foi transformada em Grupo Escolar. Em 14/02/87 foi instituído o ensino fundamental de 5ª a 8ª série pela Resolução nº.6.066. Em 05/09/92 pela portaria n.º 809 foi instituído o ensino regular de suplência; e em 31/05/96foi instituído o ensino médio.


NOME DAS ADMINISTRADORAS:
1ª Coordenadora: Célia Lima Peres – Habilitação : Normalista – Período: de 31/03/66 a 09/12/66
2ª Coordenadora: Maria Aparecida Silva – Habilitação: Normalista – Período: 09/02/67 a 28/09/67
3ª Diretora: Carmen Santos Rosa – Habilitação : Normalista , designada para o cargo. Período de 29/09/67 a 22/10/81.
4ª Diretora: Marli Helena Almeida Carvalho Lima - Habilitação: Administração, Supervisão, Orientação e Pós Graduação em Educação. Período de 04/03/82 a 15/12/87.
5ª Diretora : Natalícia Maria Leal Minaré - Habilitação: Administração, Supervisão, Orientação e Pós Graduação em Educação. Período: 15/12/87 a 31/12/91.
6ª Diretora: Zenilda Zanini Soares – Habilitação: Administração, Supervisão, Orientação e Pós Graduação em Educação. Período de 24/01/92 até a presente data.

CORPO DOCENTE DA ÉPOCA DA FUNDAÇÃO:
N.º de classes: 6(seis) - N.º de alunos: 186 (aproximadamente).
Coordenadora: Célia Lima Peres
Professoras: Ana Maria Guimarães Mariana Julieta Borges
Ana Lúcia Dias Mayda Maria Silva
Elza Sabino de Freitas Ivone da Silva Argondizzi
Zilda Tarquínio Gomes Edna Teresinha Argondizzi
Sílvio dos Santos Lacerda

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